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As abelhas também se comunicam


As abelhas se comunicam através de cheiros chamados feromônios, sons e movimentos do corpo - danças. As abelhas executam três tipos de danças para informar as companheiras a direção e a distância do alimento: em círculo, em foice e em requebrado.


Quando o alimento se encontra a uma distância inferior a 25 m da colmeia, as abelhas executam a dança em círculo na superfície do quadro de favo no interior da colmeia quando ela chega do campo. Ela vai para o centro do quando, cercada por várias abelhas campeiras que observam sua informação e recebem um pouco de néctar que ela trouxe da florada. Após esta informação, as abelhas saem em busca do alimento.


Quando a fonte de alimento está localizada entre 25 e 100 m de distância da colmeia, as abelhas executam a dança em foice, na qual o eixo do semicírculo formado indica a direção a ser seguida.


Em distância superior a 100 m, as abelhas informam a fonte de alimento através da dança do requebrado. As abelhas requebram mais vezes quando o alimento está próximo aos 100m e menos vezes a medida que o alimento está mais distante. O eixo desse movimento sobre o favo, forma um ângulo entre o sol, a colmeia e a fonte de alimento.


Em geral, as abelhas campeiras exploram exaustivamente a florada e só depois vão para outra florada. Graças a isso, as espécies de plantas, não entram em extinção pela grande possibilidade de fecundação cruzada de suas flores.


O autor

Mauro Roberto Martinho nasceu em Viçosa, MG, em 7/8/1943. Aos 11 anos de idade, teve a vontade de ser padre, foi para o Seminário em Petrópolis, Rj, em regime de internato.

Aos 12 anos, em um domingo chuvoso sem a possibilidade de praticar esporte, foi para a biblioteca do Seminário e de olhos fechados, retirou um livro das prateleiras “A Criação de Abelhas”. Com esta leitura começou a paixão pelas abelhas.

Formado em Técnico de Agricultura e como Engenheiro Agrônomo, na Universidade Federal de Viçosa, MG.

Em 1973, conseguiu licença da universidade e foi para Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, SP (USP) fazer o mestrado e o doutorado em genética das abelhas.

Professor de apicultura na graduação e na pós graduação dos cursos de agronomia, zootecnia e biologia, na Universidade Federal de Viçosa.

Fundou a Associação Mineira dos Apicultores (APIMIG) e a Cooperativa Mineira dos Apicultores (COAPIMIG).

Viajou para quase todos estados brasileiros e em alguns países no exterior ministrando cursos e palestras sobre apicultura.



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