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Ataque terrorista no Irã eleva tensão no Oriente Médio




Um ataque terrorista no Irã resultou na morte de pelo menos 103 pessoas nesta quarta-feira, 3, aumentando a tensão no Oriente Médio e o risco de uma escalada regional do conflito entre Israel e seus adversários. O ataque ocorreu durante uma cerimônia que marcava os quatro anos do assassinato do principal general iraniano, Qassim Suleimani, pelos Estados Unidos. Duas bombas escondidas em pastas foram detonadas por controle remoto, uma próxima ao túmulo de Suleimani e outra no cemitério de Kerman. Inicialmente, a contagem era de 73 mortos, mas foi atualizada para 103.

Até o momento, não houve acusação formal contra Israel ou os EUA pelo incidente, que não teve autoria reivindicada. No entanto, existem diversos grupos contrários a Teerã operando no país. Suleimani, que era chefe da força de elite Quds, é considerado um herói nacional e foi um dos principais responsáveis pela expansão militar do Irã no Oriente Médio. O atentado ocorre um dia após Israel matar um líder do Hamas em Beirute, o que aumentou ainda mais a tensão na região.

O grupo fundamentalista libanês Hezbollah, aliado do Irã, tem trocado fogo com as forças israelenses, mas até o momento tem agido de forma comedida. Isso se deve à presença militar americana na região, ao temor de perda de apoio popular e ao desejo do Irã de evitar um conflito generalizado que prejudique sua economia. No entanto, a situação pode mudar rapidamente. Enquanto isso, as operações militares continuam em Gaza, apesar da redução de contingente determinada pelo governo israelense.

No mar Vermelho, os rebeldes houthis voltaram a alvejar navios de carga, o que afetou significativamente o transporte marítimo global. Cerca de 15% do comércio mundial passa pela região e as transportadoras tiveram que adotar rotas mais longas para contornar a situação. Os EUA criaram uma força-tarefa para combater os ataques dos houthis e afundaram lanchas de ataque pela primeira vez no domingo, 31. A questão agora é se o governo de Joe Biden irá intensificar sua ação e bombardear as bases dos rebeldes aliados do Irã no Iêmen, que estão em guerra civil desde 2014.

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