A Confederação Israelita do Brasil (Conib) soltou uma nota neste domingo, 21, em repúdio as falas do ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, durante sua participação no programa “Sabadão do DCM”. O ex-deputado federal, também condenado no esquema do Mensalão, afirmou achar “interessante a ideia da rejeição” por motivos políticos “a determinadas empresas de judeus”. A Conib enfatizou que esta é uma “fala antissemita” e que o antissemitismo é crime no Brasil.
“O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”, diz trecho da nota. A confederação também fez um apelo às lideranças políticas brasileiras, para que “atuem com moderação e equilíbrio diante do trágico conflito no Oriente Médio”, destacando que falas como a do petista entram em desacordo com a “tradição da política externa brasileira”.
Além de ter sugerido o boicote a empresas de judeus, Genoíno declarou que o Brasil “deveria cortar as relações comerciais, na área da segurança e na área militar, com o Estado de Israel“. A Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP) também emitiu nota repudiando o discurso do ex-deputado federal. “Além de criminosa, a fala antissemita de Genoíno remete a filosofia de Adolf Hitler”, afirma. De acordo com a entidade, pessoas ligadas ao PT “constantemente” utilizam os “mesmos discursos que flertam com o nazismo e o fascismo e que foram condenados pelo próprio PT há pouco tempo”.
Segundo a federação, as relações comerciais entre Brasil e Israel integram cerca de 450 empresas que trabalham e colaboram ativamente no setor de Tecnologia e Inovação. “O antissemitismo merece total reprovação. Esperamos, mais uma vez, a retratação e principalmente o repúdio das pessoas de bem que defendem os valores da paz e da democracia”, finaliza o comunicado.
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