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Djokovic conquista o tricampeonato em Roland Garros e vira tenista com mais Grand Slams na história


Novak Djokovic se isolou neste domingo como o maior vencedor de Grand Slam da história. O sérvio se sagrou tricampeão de Roland Garros ao derrotar o norueguês Casper Ruud (4º) na final deste domingo. Ele se tornou o primeiro tenista a alcançar a marca de 23 torneios de primeira grandeza, quebrando o empate que mantinha com o espanhol Rafael Nadal. Djoko, que havia vencido o tradicional torneio parisiense em 2016 e 2021, derrotou Ruud por 3 sets a 0, com parciais de 7-6 (7/1), 6-3 e 7-5, em três horas e 13 minutos. Além do tricampeonato na terra batida francesa, Djokovic tem dez troféus do Aberto da Austrália, sete taças de Wimbledon e outras três do US Open. Foi sua segunda conquista de Grand Slam na temporada, pois abriu o ano ganhando na Austrália em final contra o grego Stefanos Tsitsipas.


Depois de precisar de quatro sets para passar por Karen Khachanov nas quartas de final e diante de Carlos Alcaraz na semifinal (com a vida mais facilitada após o espanhol acusar cãibras no terceiro set), o preparo físico poderia ser um problema a mais para o tenista de 36 anos em duelo contra um jovem de 24 e que vinha de semifinal rápida com 3 a 0 sobre o alemão Alexander Zverev. Mas o ex-líder do ranking não sentiu e ainda colocou o norueguês para correr em muitos lances, mostrando fôlego em dia. Ruud entrou em quadra mais maduro, confiante e disposto a conquistar seu primeiro Grand Slam da carreira, após perder na decisão de Roland Garros de 2022 para Rafael Nadal em sets diretos e ser superado por Carlos Alcaraz na final do US Open. Jogador com mais vitórias no saibro desde 2020 (87, diante de 68 de Stéfanos Tsitispas e 64 de Alcaraz), seu discurso era o de que “chegou a hora de brilhar” nos principais torneios do circuito.


Pela frente, um oponente que não trazia boas lembranças, porém. O norueguês chegou ao quinto duelo com Djokovic com o péssimo retrospecto de jamais ter vencido um set sequer em quatro derrotas no confronto. Ciente que precisava se reinventar, apostou nas batidas fortes e fazendo circular a bola com bolas em profundidade. Logo de cara, já deixou o sérvio nervoso, algo raro em jogos no saibro de ex-líder do ranking. Em um segundo game com mais de 10 minutos de duração, quebrou o serviço para abrir 2 a 0 após Djokovic cometer sete erros não forçados, visivelmente incomodado com seu jogo, que não encaixava. Ainda abriu 4 a 1 até permitir a reação. O momento mágico de Ruud diminuiu com o crescimento de Djokovic. O sérvio começou a defender melhor e até subidas à rede ousou fazer para marcar pontos preciosos. Com um erro do norueguês, empate por 4 a 4. Sem mais quebras, a decisão foi ao tie-break e o veterano levou a melhor.


Jogando o fino do tênis, Djokovic abriu a nova parcial no segundo set e seguiu dando show, jogando o adversário de um lado para o outro. Oscilou apenas no sétimo game, quando alguém da arquibancada falou antes da hora e o induziu a erro bobo no saque para 30 a 30. No terceiro set, o sérvio emplacou sequência de pontos em dois games perfeitos para virar para 6 a 5 e partir para o serviço da história. Com tranquilidade, não sentiu o peso de fechar o jogo e foi logo abrindo um triplo match point. A direita saiu, mas ele fechou na segunda oportunidade, após o árbitro novamente ter de pedir silêncio ao público, com bola para fora de Ruud. Djoko caiu deitado na quadra para celebrar a conquista.


*Com informações do Estadão Conteúdo e da AFP

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