Em comunicado a nação dado nesta quarta-feira, 25, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu que vai ter que dar explicações sobre o ataque do Hamas, realizado no dia 7 de outubro e que desencadeou em uma guerra no Oriente Médio. As falhas serão examinadas e todos terão de dar respostas, inclusive eu. Mas isso acontecerá mais tarde. Como primeiro-ministro, tenho a responsabilidade de garantir o futuro do país”, declarou o líder conservador em um discurso na televisão, em um momento em que Israel prepara uma possível invasão da Faixa de Gaza. Durante seu pronunciamento, Netanyahu também disse que o exército israelense deve avançar por terra em Gaza. Não há mais detalhes de como e quando isso deve acontecer. Contudo, o premiê alertou que a decisão de quando as forças entrariam no enclave será tomada pelo gabinete de guerra, montando com urgência com a oposição para lidar com a situação. “Na condição de responsável pela guerra, vou induzir para uma vitória esmagadora. Vamos avançar adiante com força e fé.”
A incursão terrestre é prometida por Israel desde o começo da guerra, porém, ainda não foi iniciada. “Estamos atuando para obter as melhores condições para começar a guerra. Quando entrarmos em Gaza, quando começar a guerra, não haverá nada que nos detenha para chegarmos ao objetivo. Nós temos apenas uma coisa para o Hamas, que é o fogo”. O mistério da Defesa de Israel, informou que serão três fases da guerra e a incursão terrestre faz parte da primeira, assim como o ataque aéreo. Netanyahu também incentivou que os israelenses andem armados, e pediu aos civis palestinos para saírem do território. “Nós pedimos que a população que não está envolvida em Gaza que saia, deixe o campo para nós”, declarou.
Israel, que mobilizou 360.000 reservistas a se posicionarem em frente à fronteira com Gaza, bombardeia incessantemente o enclave há mais de duas semanas. Segundo o balanço israelense, 1.400 pessoas, em sua grande maioria civis, morreram na incursão realizada pelo Hamas. O movimento, que governa Gaza, aponta, por sua vez, a morte de 6.500 pessoas, incluídas 2.700 crianças, nos bombardeios israelenses.
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